Fernando Almeida

A audiência realizada na segunda-feira, 11, na Câmara Municipal de Araguaína revelou a precariedade da segurança pública na cidade.  O promotor de Justiça Benedicto de Oliveira Guedes juntamente com o delegado regional Hemerson Francisco de Moura escancarou as péssimas condições de trabalho e a sucateada estrutura da Polícia Civil do Tocantins, mais especificamente de Araguaína.

Falta de efetivo na Deic

O promotor Guedes revelou que a Delegacia Especializada em Investigações Criminais (Deic)â?? responsável pelo combate ao tráfico de drogasâ??  tem apenas o delegado (José Anchieta) e dois agentes da PC. “É inaceitável” considerou Guedes ao defender mais aparelhamento da PC no Tocantins, precisamente em Araguaína.

Delegacias sem viaturas

Já o delegado Hemerson escancarou ainda mais a precariedade na estrutura de trabalho da PC. Segundo ele, a Delegacia de Plantão, que faz as ocorrências de Araguaína e 17 cidades circunvizinhas, sequer tem uma viatura para transportar presos.  Revelou ainda que não há viatura nem para o delegado titular da Delegacia Regional de Araguaína.

Pouco efetivo

Hemerson disse que não é problema do atual governo, é uma situação que vem beirando os últimos sete a oito anos. Também ressaltou que o efetivo é pequeno. Araguaína conta com apenas 13 delegados, e Palmas tem mais de 60. “Hoje os delegados que compõem a Regional (de Araguaína) trabalham de forma desumana, respondendo por quatro ou cinco cidades, sem nenhuma equipe de apoio. Muitas cidades não têm um escrivão ou um agente,” denunciou.

Dificuldades "tremendas"

Ele ainda classificou as dificuldades como “tremendas” e ressaltou que a PM precisa trazer presos de cidades como Colinas, Araguatins e Tocantinópolis registrar o flagrante em Araguaína. As regionais destas cidades estão fechadas. “Todo o Bico do Papagaio. Tendo ocorrência, a Polícia Militar precisa se deslocar (até Araguaína) pela falta de delegados  e central de flagrantes na região”.

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