Professores e técnicos administrativos da Universidade Federal do Tocantins entraraM em greve nesta quinta-feira, 28, por tempo indeterminado. A paralisação segue o movimento nacional e deixará no Tocantins cerca de 20 mil estudantes sem aulas.

A paralisação acontece em dez estados, Alagoas, Amapá, Espírito Santo, Mato Grosso, Minas Gerais, Pará, Paraíba, Pernambucano, Rio de Janeiro, Sergipe. 

Segundo a Seção Sindical dos Docentes da UFT (Sesduft), a decisão foi tomada pelos representantes dos sete campi da universidade, que estão localizados em Araguaína, Arraias, Miracema do Tocantins, Porto Nacional, Gurupi, Tocantinópolis e na capital. "Vamos acompanhar a pauta nacional. Começamos a greve na quinta-feira e vamos ficar parados até que nossas reivindicações sejam atendidas", disse presidente do Sesduft, Maurício Alves da Silva.

As principais reivindicações dos docentes são: defesa do caráter público da educação, melhores condições de trabalho, garantia de autonomia, reestruturação da carreira e valorização dos professores ativos e aposentados.

Conforme o Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior, a greve é uma saída para pressionar o Governo Federal a ampliar os investimentos repassados às universidades federais, visto que não houve um acordo com Ministério da Educação (MEC).

O sindicato teme que o corte de R$ 9,42 bilhões no orçamento do MEC possa afetar as atividades acadêmicas. De acordo com o balanço divulgado pelo sindicato, mais de 40 instituições federais de ensino superior já aderiram ao movimento.

Os alunos haviam começado as aulas do primeiro semestre deste ano (2015/1) no último dia 18, por causa do calendário acadêmico que está atrasado desde as greves que aconteceram entre 2010 e 2014.