Com o objetivo de fortalecer o pacto de governabilidade proposto pela presidente Dilma Rousseff, Marcelo Miranda reforçou o time dos aliados ao governo federal na reunião com os governadores, realizada na tarde desta quinta-feira, 30. A exemplo da  maioria dos presentes, o governador do Tocantins defendeu a proposta de operações de crédito e assuntos relacionados a reforma do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS).

Outra defesa de Marcelo Miranda foi em relação às verbas de depósitos judiciais e administrativos, também comungada pela maioria dos governadores. “Precisamos do apoio da presidenta em relação à proposta que permite aos estados municípios utilizarem as verbas de depósitos judiciais e administrativos. Com isso, ficará mais fácil para os estados fazerem uso dos recursos para realizarem investimentos, pagar a dívida pública, despesas previdenciárias e precatórios”, disse.

Cooperação Federativa

Durante a reunião, a presidenta fez uma abordagem rápida do seu governo.  Além disso, defendeu a união de forças entre estados e governo federal, através do que denominou de Cooperação Federativa. Dilma Rousseff também convidou os governadores para definir uma Carteira de Infraestrutura Logística para os próximos quatro anos.

Ao falar sobre a situação econômica do País, a presidenta foi otimista: “Não nego que estamos enfrentando desafios, mas o governo federal tem todas as condições de enfrentá-los, de retomar o crescimento da economia brasileira. A economia brasileira hoje é bem mais forte e sólida do que há alguns anos, quando enfrentou crises similares”, enfatizou.

Entendimento

Segundo a presidenta, o pacto de Cooperação Federativa é a única forma de trilhar um bom caminho. Caminho este que ela pretende percorrer com os gestores estaduais e municipais. “O Brasil se passa nos estados, nos municípios. Conto com os  governadores e  eles podem contar comigo”, reforçou.

Antes da reunião, o  governador paranaense Beto Richa (PSDB), destacou que a continuidade da crise econômica não interessa aos estados e que “os governadores devem atuar com responsabilidadeinclusive, para evitar a criação de  novas despesas”.

Na opinião do governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB), a reunião foi um marco para um entendimento nacional, favorável  para  Brasil sair da crise. Ele defendeu a  estabilidade política, ressaltando que ela “é fundamental para a conclusão do ajuste fiscal e para a retomada do crescimento econômico, com redução da taxa de juros”, apostou.

Governadores Presentes

Apenas o governador do Mato Grosso do Sul, Reinaldo Azambuja (PSDB) não compareceu. O Estado foi representado pela vice-governadora, Rose Modesto (PSDB).

Além de Marcelo Miranda compareceram ao evento os governadores do Acre, Tião Viana (PT); Alagoas, Renan Filho (PMDB); Amapá, Waldez Góes (PDT); Amazonas, José Melo (Pros); Bahia, Rui Costa (PT); Ceará, Camilo Santana (PT); Maranhão, Flávio Dino (PCdoB); Paraíba, Ricardo Coutinho (PSB); Rio Grande do Norte, Robinson Faria (PSD); Sergipe, Jackson Barreto (PMDB); e do  Piauí, Wellington Dias (PT).

Também estavam presentes os governadores de Santa Catarina, Raimundo Colombo (PSD); Espírito Santo, Paulo Hartung (PMDB); Minas Gerais, Fernando Pimentel (PT); Rio de Janeiro, Luiz Fernando Pezão (PMDB); Rondônia, Confúcio Moura (PMDB); Distrito Federal, Rodrigo Rollemberg (PSB); São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB); Pará, Simão Jatene (PSDB); Rio Grande do Sul, José Ivo Sartori (PMDB);Paraná, Beto Richa (PSDB); Goiás, Marconi Perillo (PSDB); Mato Grosso, Pedro Taques (PDT); Pernambuco, Paulo Câmara (PSB); e deRoraima, Suely Campos (PP).