Nesta manhã do dia 03 de agosto o Movimento Sem Terra no Estado do Tocantins se soma à nesta segunda Jornada Nacional de Luta do MST, denunciando a paralisação da Reforma Agrária no país e também contra o ajuste fiscal imposto pelo Governo Federal que reduziu ainda mais os recursos destinados para reforma agrária este ano-2015.

Em Palmas o MST-TO ocupa a Secretaria da Fazenda do Estado. A ação tem como objetivo chamar atenção também do Órgão no Estado sob falta de politicas publica sociais no campo. 

Segundo Bandeira, da coordenação Estadual do MST, o Movimento volta a denunciar a paralisação da Reforma Agrária no país com a realização de uma segunda Jornada de Lutas contra o ajuste fiscal do governo, que cortou quase 50% dos recursos da Reforma Agrária - de R$ 3,5 bilhões sobraram apenas R$ 1,8 bilhão.

Denúncias

No Tocantins denunciamos a falta de politicas publicas voltadas para os camponeses, a legalização da grilagem de terra feito pelo INTERTINS em terras da União, a exploração irregular das terras do Projeto Sampaio por alguns fazendeiros da Região do Bico do Papagaio, a criminalização dos movimentos e das lutas sociais por parte dos Órgãos de segurança do Estado entre outros...  

"O ajuste fiscal do governo federal ameaça estagnar ainda mais o processo da Reforma Agrária no país, pois sem orçamento não há como o governo cumprir o compromisso político, assumido no início deste ano, de assentar mais 120 mil famílias Sem Terra acampadas no Brasil", afirma. 

A política econômica do governo federal coloca em risco a conquista de direitos dos trabalhadores, pois corta recursos financeiros da reforma agrária e da classe trabalhadora para seguir injetando dinheiro no capital financeiro e nas transnacionais, beneficiando a elite brasileira. Só para o agronegócio foi disponibilizado R$ 187 bilhões de recursos pelo Plano Safra deste ano. Um aumento de 20% no volume de recursos em relação à safra anterior. 

Famílias à espera da Reforma Agrária

"Não podemos ficar ao lado do ajuste fiscal. Nosso compromisso é com o povo. Exigimos o assentamento de todas as famílias acampadas. Temos famílias há mais de 10 anos debaixo da lona preta e que são vítimas da violência do latifúndio e do agronegócio. É preciso que o governo elabore um Plano de Metas para assentar no mínimo 50 mil famílias por ano, no período de 2016-2018", ressalta. 

Esta ação faz parte da Jornada Nacional de Lutas pela Reforma Agrária realizada que está sendo feita pelo MST em todo país. Durante toda essa semana todos os estados estarão mobilizados em luta permanente em defesa da pauta da classe trabalhadora camponesa.