A Comissão organizadora do processo seletivo para escolha dos conselheiros tutelares de Araguaína (TO) decidiu anular as sete questões da prova objetiva que foram plagiadas de outros concursos públicos.

Conforme denúncia do Portal AF Notícias, das 40 questões da prova aplicada no último dia 9 de agosto, pelo menos 7 já estavam disponíveis na internet. Com a anulação, o número de aprovados saltou de 16 para 44 candidatos. A nova lista foi publicada no Diário Oficial do Município de terça-feira (18).

Foram anuladas as questões de nº 07, 17, 19, 20, 21, 26 e 40, quase todas copiadas de concursos exigentes, como o de Promotor de Justiça, Juiz de Direito e Defensor Público. Segundo os candidatos, este teria sido um dos motivos para o grande número de "eliminados".

Já a comissão organizadora afirmou que a prova foi realizada por “empresa séria e apta ao desempenho da atividade”, o que demonstraria a “total lisura do processo seletivo”.

Para a Comissão, não há comprovação de que as questões plagiadas trouxeram prejuízos aos candidatos. “Contudo, verificando a existência de questões em outros certames, verificando que o recurso interposto suscita violação ao ineditismo, verificando a alegação de possível prejuízo para alguns candidatos e buscando prezar pela legalidade e pela moralidade do certame, resolve anular, concedendo pontuação das referidas questões a todos os candidatos”, disse a Comissão.

Agora, os 44 candidatos aprovados nesta primeira etapa seguem para a avaliação psicológica e, por último, a eleição por meio do voto, prevista para o dia 4 de outubro.

Prova anterior já havia sido anulada

A Comissão organizadora já havia anulado a prova aplicada anteriormente devido à falta e clareza nos critérios utilizados para correção e pontuação da prova. O Ministério Público Estadual (MPE) também recomendou a anulação.

O processo seletivo visa selecionar 10 conselheiros titulares e 10 membros suplentes para exercerem mandato no período de 2016 a 2019.

A posse dos novos conselheiros eleitos está marcada para 10 de janeiro de 2016, data em que se encerra o mandato dos conselheiros tutelares em exercício.

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