Fernando Almeida

O julgamento dos acusados de matar o pecuarista e tesoureiro do Sindicato Rural de Araguaína (SRA) em 2009, marcado para esta quarta-feira (20), foi adiado para o dia 31 de agosto.  O motivo do adiamento foi o não comparecimento do advogado de defesa Miguel Vinicius, que, segundo o Juiz do Caso, também não justificou a ausência.

Manoel da Guia Alves da Silva e Adeuvaldo Bernardes da Silva são apontados como autores do assassinato do pecuarista Ronan Araújo Filho. O crime ocorreu em novembro de 2009 no município de Muricilândia e o motivo seria para acobertar um roubo de gado da vítima, que já teria perdido 138 cabeças.

O promotor Paulo Alexandre Rodrigues de Siqueira (MPE-Araguaína) lamentou que a família da vítima tenha que esperar por mais alguns dias pelo Julgamento. Com isso, o Juiz Francisco Vieira Filho determinou que o caso seja notificado a OAB  e que a um Defensor Público assuma a defesa dos réus.

O novo Julgamento está previsto para o dia 31 de agosto deste ano. O Juiz do caso adiantou que o julgamento deve durar cerca de três dias, sendo que os trabalhos ocorreu apenas durante o dia e a noite os jurados vão dormir em um hotel, sob vigilância de oficiais de Justiça.

O advogado assistente de acusação, Paulo Roberto, afirmou que há provas suficientes para incriminar os acusados.

Na camisa do Manoel foi encontrado sangue. Foi encontrado na mão de Adeuvaldo pólvora. Tem prova que ele comprou a arma. Tem prova que ele comprou as munições. Não há possibilidade deles escaparem ou tentarem. A dona da fazenda disse que tinha uma arma que ficava com o Manuel, com o Adeuvaldo, para servir de segurança,”  afirmou.

O acusado Adeuvaldo Bernardes da Silva está preso no presídio Barra da Grota por tráfico de drogas. O crime foi cometido após sair da prisão pelo assassinato do pecuarista Ronan. Já Manoel da Guia Alves da Silva responde o processo em liberdade.

O pecuarista Ronan Araújo Filho foi um dos idealizadores da Cavalgada de Araguaína e integrante da diretoria do SRA por vários anos. 

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