A Câmara de Araguaína (TO) rejeitou, por 8 votos a 6, o pedido de convocação Diretora de Escolas da zona rural, Jacinta Ribeiro Lopes, para prestar esclarecimentos sobre o fechamento de uma escola e várias denúncias de moradores sobre a atuação grosseira da servidora pública. A votação aconteceu na última segunda-feira (24).

O requerimento de convocação foi apresentado pelo vereador Divino Bethânia Junior após receber dezenas de reclamações de moradores dos assentamentos que pertencem ao Município de Araguaína. As denúncias envolvem assédio moral e psicológico aos servidores e tratamento grosseiro com a comunidade. Uma professora, que preferiu não se identificar, toma remédios controlados há mais de dois anos e está afastada da sala de aula após ter sofrido pressão psicológica por parte da diretora.

Mas, a principal a reclamação dos moradores refere-se ao fechamento da escola municipal do Projeto de Assentamento Caju Manso, em razão do furto de alguns objetos do prédio. Com isso, os alunos precisam se descolar por vários quilômetros para estudar na outra escola mais próxima. Os gastos com transporte escolar também aumentaram.

A convocação da diretora Jacinta Ribeiro Lopes tinha o objetivo de esclarecer questões relacionadas ao número de alunos na zona rural, inclusive especiais; quantidades de professores; custo operacional do transporte escolar e as rotas; as condições de trabalho dos professores; os motivos do fechamento da escola municipal Divino Pai Eterno no Assentamento Caju Manso e relatórios dos servidores nomeados e contratados nas Escolas da Zona Rural.

Mesmo diante da chuva de denúncias, parte dos vereadores da base aliada ao prefeito Ronaldo Dimas “blindaram” a diretora e rejeitaram sua convocação para prestar esclarecimentos na Casa.

Votaram contra a convocação os vereadores Luciano Santana, Cleudo Negão, Terciliano Gomes, Rejane Socorro, Xeroso, Gipão, Luzimar Coelho e Cosmo Jamaica.

Votaram favoráveis Batista Capixaba, Neto Pajeú, Rosiwelt Cormineiro, Abraão Araújo, Divino Bethânia e Ferreirinha. Silvinia Pires e Alcivan Rodrigues não estavam presentes na sessão.

Sem ter aprovado a convocação, a Câmara de Araguaína se omitiu no seu papel de fiscalizar os atos da gestão municipal. Já os moradores da zona rural vão ficar sem respostas. Nem a Secretaria Muncipal de Educação se manifestou sobre o caso.