Ramila Macedo/Araguaína Notícias

Alunos do Colégio Estadual Adolfo Bezerra de Menezes saíram dos muros da escola e tiveram uma experiência única. Na última semana, eles conheceram o sítio paleontológico Monumento Nacional das Árvores Fossilizadas do Tocantins â??o mais completo do mundoâ??, localizado no distrito de Bielândia, município de Filadélfia, a cerca de 54 Km de Araguaína.

Em aula de campo das disciplinas de História e Geografia, 24 alunos do ensino médio e fundamental conheceram in loco os registros primitivos existentes no local. O monumento é a floresta petrificada mais importante do Hemisfério Sul.  

Segundo o Naturatins, o acervo natural ocupa uma área de 32 mil hectares do cerrado tocantinense. Pesquisas realizadas no local apontam que os fósseis têm mais de 250 milhões de anos, sendo assim, anteriores aos dinossauros.

Os alunos foram conduzidos por seis professores. Assim que chegaram ao  local, tiveram uma palestra com o supervisor de conservação do sítio, Hermísio Alecrim Aires. Em seguida os estudantes receberam orientação do supervisor e fizeram caminhada pelo local.

Ao AN, o professor de História dos alunos, Iltami Rodrigues, explicou que a visita faz parte do Projeto Político-Pedagógico (PPP) da escola. E que o objetivo da aula foi para que os alunos conhecessem esse patrimônio cultural de nossa região.

Os estudantes também contaram com a colaboração do professor e pesquisador do curso de Geografia da UFT, Carlos Eduardo Machado. Em campo, ele esclareceu dúvidas e curiosidades dos alunos sobre como ocorreu o processo de fossilização desses vegetais e a importância de preservar o sítio paleontológico.

Conforme vídeos gravados pela equipe de professores, o Carlos Eduardo explicou ainda que pesquisas desenvolvidas ali ajudam a entender o clima e o relevo da região. Em entrevista ao final do passeio, ele comentou que o mais importante da ação foi o estímulo à educação ambiental, para que os alunos aprendam a valorizar e perseverar o monumento.

Não adianta nada do pessoal do Naturatins do IBAMA se esforçar – veja que é uma área muito grande – se a gente não tiver interesse em preservar. Isso é interesse da população” argumentou. Para o pesquisador, é importante que alunos visitem o local para que tenham mais afinidade com a disciplina na escola.

Para a aluna Ana Calorina, do 9º ano, a experiência foi fundamental para a aprendizagem. “Achei importante. Algumas coisas a gente não vê na escola. A gente teve a oportunidade de ver de perto, de poder tocar. Estamos com profissionais que sabem explicar” avaliou.