O trio de jazz belga composto por Nathan Daems (Saxofone Tenor), Bart Vervaeck (Guitarra) e Lieven Van Pee (Baixo) desembarcou pela primeira vez em Palmas, acompanhados do embaixador da Bélgica no Brasil, Jozef Smets, no final da manhã desta terça-feira, 24, para concerto que acontecerá, logo mais, a partir das 20 horas, no auditório do Tribunal de Justiça, em Palmas. O evento tem entrada gratuita.

O grupo foi recebido pelo superintendente de Desenvolvimento da Cultura da Secretaria de do Desenvolvimento Econômico, Ciência, tecnologia, Turismo e Cultura (Seden), Melck Aquino, que destacou que o evento é uma oportunidade de intercâmbio cultural entre Brasil e Bélgica. “A cultura da Bélgica é muito rica. Lugar que tem muito museus, muita produção na parte de audiovisual e muita coisa na área da música. Se pudermos fazer essa interação, não só de receber o que se produz lá, mas mandar um pouco dos nossos artistas para a Bélgica, vai ser muito positivo, e acho que ganhamos todos”, reforçou.

O único que fala português dos integrantes, Nathan Daems disse que o grupo está curioso sobre como será a apresentação. “Nunca estivemos em Palmas e algumas pessoas disseram que aqui não é um lugar típico para tocar concerto, como Rio [de Janeiro] e São Paulo. E estamos felizes de tocar aqui hoje”, disse animado.

Outro integrante do trio, Lieven Van Pee, brincando com a equipe, disse que chegaram de sandálias e roupas leves preparados para o calor da cidade. “Soubemos que houve muita publicidade sobre o show e a nossa expectativa é alta”, ressaltou sobre a apresentação.

O concerto, apresentado pela Embaixada da Bélgica, é fruto de uma aproximação com o Governo do Estado, por meio da Seden, como explicou o embaixador da Bélgica, Jozef Semets. “Tivemos essa ideia de lançar uma inciativa no setor cultural, porque as relações entre nações não são apenas relações diplomáticas. A cultura é uma porta de entrada muito importante e o jazz é uma linguagem internacional”, destaca.

O jazz da Bélgica é diferenciado, pois é conhecido como Jazz Manouche ou Gypsy Jazz. Django Reinhardt, o famoso padrinho mundial deste gênero, nasceu na Bélgica em 1910 e foi o primeiro a misturar o fogo da música cigana com o jazz tradicional (swing jazz). “O Gypsy Jazz é um estilo que é mais folclórico e fácil de compreender. Não é muito abstrato e mais popular na Europa”, explicou Nathan Daems.

Workshop de Jazz

Na tarde desta terça-feira, às 16 horas, o trio vai ministrar um workshop para músicos do Tocantins, também no auditório do Tribunal de Justiça.