Promotores integrantes do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) ofertaram denúncia contra Bruno Milhomens Rocha, Marcus Vinícius Fonseca Tavares (vulgo “Pupila”), Lucas da Conceição Ferreira Lima, Maxsuell Menezes Silva, Samir David Abdalla Júnior e Rafael Moreno do Vale por organização criminosa e subtração de aparelhos oftalmológicos no Estado.

A denúncia foi ajuizada na última semana, mas o Ministério Público Estadual (MPE) vem acompanhando o caso desde o mês de fevereiro. A organização foi desarticulada no início deste mês, por meio de uma operação empreendida pela Polícia Civil do Tocantins, denominada “Bartimeu”.

O Promotor de Justiça André Ramos Varanda acompanhou de perto o desenrolar de toda a investigação e, na época, manifestou-se favorável à quebra de sigilo telefônico, pedidos de prisão preventiva e de busca e apreensão. “Por meios de conversas gravadas, bem como pelas localizações das ‘ERBs’ dos aparelhos telefônicos utilizados por eles à época dos crimes, comprovamos que os denunciados estiveram nas cidades nos mesmos horários e locais onde os fatos ocorreram”, afirma o promotor.

Segundo a denúncia, Rafael Moreno era quem repassava, aos demais comparsas, informações sobre os locais furtados nas cidades de Paraíso do Tocantins (TO) e Santana do Araguaia (PA), vez que este prestava serviços às empresas vítimas e conhecia a localização dos equipamentos, sistemas de segurança dos locais e movimentação de funcionários.

A investigação também apontou que o denunciado Samir David pagava aos executores dos furtos (Bruno Milhomens, Ronnie Milhomens, Lucas da Conceição e Maxsuell Menezes) uma importância entre R$ 3.000,00 a 5.000,00 por cada aparelho subtraído; Marcus Vinícius recebia a importância de R$ 1.000,00 a 2.000,00 pela intermediação dos produtos e Rafael Moreno recebia a importância de R$ 1.000,00 pelas informações dos locais a serem furtados.

Informações SSP

De acordo com a delegada titular da Delegacia Especializada em Investigações Criminais (Deic), Liliane Albuquerque, que coordenou as investigações, a polícia civil instaurou o inquérito policial em fevereiro deste ano, após serem registradas várias ocorrências de furto de equipamentos oftalmológicos no estado desde dezembro de 2015. “Descobrimos que, além do Tocantins, a quadrilha atuava em outros cinco estados da federação: Pará, Maranhão, Piauí, Bahia e Goiás”, afirmou a delegada no inquérito policial.

Bruno Milhomens Rocha, 26, e Lucas Conceição Ferreira Lima, 21, foram presos em Goiás; Marcos Vinícius Fonseca Tavares, em Cristalândia (TO) e Rafael Moreno do Vale, 35, em Paraíso (TO). Foram cumpridos, ainda, um mandado de busca e apreensão em Cristalândia, e outro em São Paulo. Nesta cidade, as equipes da Deic e do GOTE do Tocantins, bem como a polícia civil de São Paulo, prenderam o receptador Samir David Abdalla Junior.