Fernando Almeida/Araguaína Notícias

O Comandante-Geral da Polícia Militar anunciou na manhã desta quinta-feira (21) o combate à criminalidade em Araguaína. Durante coletiva na sede do 2º BPM, o coronel Glauber de Oliveira Santos falou sobre as medidas ostensivas, as emergentes e a publicação do edital do concurso.

As ações do comando da PM são respostas à onda de violência na cidade e à manifestação ocorrida na última terça, 19.

Força Tática Estadual

Entre as ações ostensivas, Glauber citou a criação da Força Tática Estadual.  “Então, a partir da semana que vem, esta força vai ser empregada aqui em Araguaína. (...) Um policiamento motorizado que tem a maior vertente a abordagem de pessoas e veículos.” Ainda ressaltou que chegou três novas viaturas na cidade.  

Horas extras

Como medida emergencial, foi a liberado o montante de R$ 100 mil para pagamento de horas extras a militares em Araguaína. “Com isso, pretendemos aumentar [de 30 a 40%] o efetivo de emprego na rua.” Assegurou o comandante geral.

Concurso da PM

Glauber também anunciou a medida de longo prazo, que é a realização do concurso público da PM. Assegurou que a data de publicação do edital será dia 25 de agosto. E que o certame vai ofertar 1mil vagas para soldados e 40 para curso de formação de oficiais.

Apesar de o concurso permitir a entrada de mil homens, daqui a dois anos o efetivo será menor que o atual. Isso por que até o ano 2018, ao menos 1.600 policiais devem ir para reserva no Tocantins. O desfalque será de 600 PMs. Para o comandante, há necessidade de novos concursos, com maior quantidade de vagas, para de fato o efetivo aumentar.

Problema da falta de efetivo

Ao citar a falta de efetivo, Glauber afirmou ser um problema histórico, causado pela falta de reposição de homens na PM.  “Tivemos duas grandes inclusões no Estado: janeiro de 1989 e em 2006. De lá pra cá, o efetivo naturalmente vai indo para a reserva. Não houve grandes concursos e a Polícia sempre alertou que esse momento ia chegar.”

Intervenção da Força Nacional

Sobre o pedido de intervenção da Força Nacional, feito pelo prefeito Ronaldo Dimas, Glauber fez ponderações. “Toda ajuda é vem vinda. Agora, o crime só acontece se tiver no mínimo quatro situações: tipificação do crime, o autor, a vítima e o ambiente propício.”

Fatores que propiciam a criminalidade

Ele pontou que fatores sociais também interferem na onda de criminalidade.  “Se não tiver iluminação pública, se tiver ruas esburacadas, se não tiver área de lazer, se não tiver praça, se não tiver escola, políticas públicas de prevenção ao uso de drogas. Isso tudo soma para que haja o crime.” Afirmou o comandante geral da PM.

Glauber lembrou que além da PM e da sociedade, outros órgãos também são responsáveis pela segurança. “É necessário lembrar que a Policia Militar é um dos integrantes do Sistema de Segurança Publica, que é composto pelas outras polícias, pelo Ministério Público, pelo Judiciário, pela Imprensa, pela Educação e Saúde.”  Finalizou.

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