Fernando Almeida

Os acusados de matar o casal de empresários araguainense, em dezembro de 2013, foram ouvidos pela Justiça na tarde desta quinta, 21, no Forúm de Wanderlândia (TO).  O caseiro João Batista Lopes Freitas (28 anos) confessou o crime em Juízo, mas a companheira dele Ângela Peres da Silva (19 anos), negou participação e imputou culpa ao marido. Já para o Ministério Público, as provas são contundentes.

João Batista chegou ao Fórum num carro do Sistema Penitenciário, algemado e sem advogado particular. Ele adentou ao local sob um forte esquema de segurança, que impedia a aproximação de familiares das vítimas. No entanto, foi recebido com gritos de assassino.  Ângela chegou algemada em seguida noutro veículo escoltado.

Divergências

Acusados João Batista Lopes Freitas (28 anos) e Ângela Peres da Silva (19 anos)

Durante uma hora e meia, eles foram interrogados pela juíza Lorena de Sousa Mattos a portas fechadas. Durante interrogatório, eles apresentaram versões diferentes sobre envolvimento no crime. Ângela negou participação no latrocínio (roubo seguido de morte) e disse que o responsável por planejar e executar a ação foi João Batista. Ele confessou ser o autor, mas alegou que a companheira o auxiliou.

Provas contundentes

Para o Promotor do caso, Sidney Fiori, as alegações dos dois estavam dentro do esperado e as provas são contundentes. Após a Audiência, ele conversou com a reportagem do Araguaína Notícias e explicou como foram os depoimentos.

Promotor Sidnei Fiori disse que a pena mínima será de 20 anos.

- As provas são bastante contundentes. Todas as testemunhas foram ouvidas. Hoje os réus puderem dar depoimento. O João Batista confessou mais uma vez. A Ângela seguiu mais ou menos a linha de raciocínio que ela vinha seguindo. Então não houve muita inovação no dia de hoje. (...) Segundo o Código Penal, o crime é o latrocínio, pena mínima de 20 anos. Eles também estão respondendo por ocultação de cadáver, pena mínima de dois anos.

 A imprensa e o público não tiverem permissão para acompanhar a Audiência e a Juíza não fez nenhuma declaração. Como se trata de um latrocínio, não vai a Júri Popular. Segundo o Promotor, esta é a última etapa do processo. As partes (defesa e acusação) tem o prazo de 5 dias para fazer as alegações finais.  Após este prazo, a Juíza deve sentenciar.

Histórico

 O caseiro João Batista Lopes e a companheira Ângela Peres da Silva (19 anos) estão no banco dos réus, acusados de matar a pauladas o casal de empresários araguainenses Demerval Correria Freire (57 anos) e a esposa Lenir da Silva Freire(55 anos).

O crime aconteceu em 23 de dezembro de 2013 na chácara Recanto da Aldeia localizada no município de Wanderlândia (TO), 60 km de Araguaína.   Os corpos do casal foram enterrados numa vala comum e localizados em estado de decomposição 04 dias depois.  Após o crime, os dois fugiram para o Maranhão levando a camionete e deixaram um bilhete para despistar a Polícia.

Após investigação comanda pelo Delegado de Polícia Civil, Rerisson Macedo, o casal foi preso em João Lisboa no Maranhão e  carro, uma L200, também foi recuperado. Eles confessaram o crime, explicando que planejaram tudo. E o motivo foi para roubar e melhorar de vida.