AF Notícias/com informações do T1 Notícias

Siqueiristas históricos estão abandonando a campanha do governador Sandoval Cardoso (SD) e migrando para seu maior rival político, o ex-governador Marcelo Miranda (PMDB). O motivo é a insatisfação com o rumo tomado pelo grupo governista. Essa tem sido a justificativa dada pelo ex-presidente do PSDB, Ernani Siqueira, e também pelo ex-secretário de Trabalho e Assistência Social, Agimiro Costa.

Para Agimiro, o grupo do novo governador [Sandoval Cardoso], eleito indiretamente após a renúncia de Siqueira e do vice João Oliveira, está desprezando os antigos aliados. “O que é o primeiro passo para se perder a eleição”, disse. O ex-secretário afirmou ainda que em respeito ao ex-governador, comunicou a ele sua decisão antes de anunciá-la.

“Comuniquei a ele [Siqueira Campos] que não estava de acordo com a forma com que o Sandoval administra. Eu acho que o Sandoval não representa o anseio que nós queríamos e lutamos”, contou ao Portal T1 Notícias o ex-secretário de Siqueira Campos.

Agimiro Costa garantiu que Siqueira Campos lhe deixou muito livre e a vontade. “A minha amizade com ele independe de política”, disse.

Ainda sobre os motivos da mudança, Agimiro Costa declarou que não concorda com a dupla renúncia que levou ao governo Sandoval Cardoso, e que sempre apoiou eleições Diretas para o governo. "Quero ver o Tocantins governado novamente por um governador eleito pelo povo", alfineitou.

Agimiro disse que é amigo da senadora Kátia Abreu, e que ao lado dela coordenou a campanha de Siqueira em 2010. “Tenho amizade e vou apoiá-la”, disse.

“Hoje o Marcelo Miranda tem além do apoio popular, o melhor preparo. Ele está melhor preparado. A minha razão é essa. Não concordo da forma que foi feita (...) não me importa quem fez”, desabafou.

Desistência da candidatura

Agimiro Costa era cotado como um dos potenciais candidatos a deputado estadual e vinha se preparando para isto. Movimentações internas dentro do grupo governista foram isolando o ex-secretário.

"O Sandoval começou cedo a perseguir meus companheiros. Pessoas ligadas a mim começaram a sofrer pressão. Eu preferi me sacrificar e não disputar eleição, do que ver meus companheiros sofrendo por isso", relata, ao confirmar invasão nos diretórios onde vinha tendo apoio declarado na pré-campanha.