Fernando Almeida

Detentos de dois pavilhões do presídio Barra da Grota em Araguaína iniciaram uma rebelião na tarde desta quinta-feira, 27. Com o motim, o comando do 2º BPM encaminhou reforço policial para garantir a segurança e contornar a situação.

Fora das celas

Segundo a PM, cada pavilhão tem em média 140 presos, totalizando assim cerca de 280, mas não há informações de quantos participaram da rebelião.  “No pavilhão B e C tinha detentos na parte externa, no corredor, e eles não queriam retornar (para as celas),” explicou o Tenente Coronel Silva Neto, comandante do 2º BPM.

Feridos

De acordo com a PM, havia dois presos feridos dentro da unidade penal e os outros não deixavam o resgate entrar para socorrê-los.  Durante cerca de uma hora, os elementos ficaram nos pavilhões e na parte de fora familiares angustiados buscavam informações. Uma mulher chegou a desmaiar e teve o auxílio do Corpo de Bombeiros. 

Controle da situação

Detentos se aproximaram da cerca do presídio. Foto: José Anailton/TV Araguaína.

O reforço policial foi solicitado, mas a Policia não adentrou no presídio, pois os presos autorizaram o resgate dos feridos.  “A gente acionou os Bombeiros e o COE, foi uma questão só pra prevenção. Mas os próprios agentes de segurança conseguiram contornar,” afirmou Neto.

O apoio policial foi somente na parte externa e a própria segurança do presídio controlou a situação.  Um ferido foi encaminhado ao Hospital e o outro para a enfermaria da unidade penal.  Sobre o motivo da rebelião e as causas dos ferimentos, o comandante afirmou não ter essa informação. “Quem poderia informar isso seria o chefe de segurança, que tem o contato direto. Foi ele quem negociou o retorno de todos os detentos para suas celas,” esclareceu. 

O Araguaína Noticias solicitou à empresa responsável pela administração do presídio, a Umanizzare, informações sobre as causas da rebelião. No entanto, até o fechamento da matéria, a mesma não havia dado retorno.

Reforço

Além de agentes da Policia Civil, sete viaturas e 30 homens da Policia Militar se deslocaram ao presídio Barra da Grota. Homens do COE (Corpo de Operações Especiais) fortemente armados, também ficaram de prontidão. Alguns homens encapuzados também circulavam na entrada dos pavilhões.  A rebelião durou cerca de uma hora. A última rebelião foi em 2009, quando o presidio foi completamente destruído.