O governador eleito do Tocantins, Marcelo Miranda (PMDB), acompanhado da vice-governadora Cláudia Lelis (PV) recebeu hoje (18), de sua equipe de transição, um diagnóstico das contas do governo estadual e um mapa de riscos sobre as áreas que estão sendo e poderão vir a ser atingidas pela atual crise financeira.

Durante entrevista coletiva, Marcelo Miranda afirmou que a dívida do governo do Estado é de R$ 4,8 bilhões. Desse total, 2,8 bilhões é referente a dívidas que devem ser quitadas imediatamente. Outros 2 bilhões é referente a contratos futuros. Segundo ele, a situação é “preocupante” e exigirá “austeridade” da próxima administração, que terá que fazer cortes de pessoal, enxugamento da estrutura administrativa e ampliar as receitas para reequilibrar as finanças.

Crise pós-eleição

Desde o fim do processo eleitoral, o Tocantins vem sofrendo com a interrupção ou queda significativa na qualidade de diversos serviços públicos devido à falta de pagamento do governo local a fornecedores, servidores públicos e empresas prestadoras de serviços. Os reflexos impactaram negativamente principalmente sobre a saúde, a segurança pública, os programas de assistência social, o investimentos previstos para o setor cultural e não realizados e obras de infraestrutura lançadas no período eleitoral e descontinuadas nos últimos dias.

Aumento de despezas

“Quando na campanha dizíamos que era preciso um choque de gestão no Governo do Tocantins não era somente retórica, sabíamos que o desgoverno era grande demais. O governo Siqueira/Sandoval ampliou as suas despesas e comprometeu o limite prudencial, mais do que isso, fez aplicações temerosas no mercado financeiro com os recursos do IGEPREV nos levando a perder o Certificado de Regularidade Previdenciária, e isso é letal para o bem estar da administração pública. E na outra ponta, vimos os hospitais num estado de calamidade pública, carros das policias militar e civil sendo recolhidos, serviços de assistência social interrompidos. O quadro de crise é muito pior do que imaginávamos”, analisou o governador eleito.

Sem previsão do orçamento 2015

Herbert Brito (o Buti), já anunciado como futuro Secretário-Geral do Governo e que coordenou os trabalhos da Comissão de Transição, classificou ainda como incompreensível ainda não haver sequer previsão do orçamento do primeiro ano do próximo governo o que pode prejudicar, e muito, Marcelo Miranda. “O bom seria ela ser discutida com a equipe de transição, mas não está sendo discutida conosco. É o atual governo que está decidindo quando vai enviar e o presidente da Assembleia Legislativa já deu declarações à imprensa de que o governo não teria enviado a LOA por não ter sido capaz de fechar as contas. Veja o tamanho do problema que temos pela frente”, destacou Buti.

Comissão de Transição 

Na apresentação dos relatórios da Comissão de Transição nessa quinta-feira, participaram os seis integrantes oficiais escolhidos pelo governador: o advogado e ex-secretário de Segurança Pública do Estado, Herbert Brito (o Buti), que coordenou os trabalhos; Luiz Antônio da Rocha, que foi um dos coordenadores da campanha de Miranda e já atuou no Tribunal de Contas do Estado (TCE); o ex-senador por Goiás Jacques Silva de Souza, que trabalhou na Controladoria nos Governo de Siqueira e Miranda Miranda, e é egresso do Tribunal de Contas da União (TCU); Deocleciano Gomes Filho, corregedor-geral da Procuradoria do Estado; Adão Francisco de Oliveira  que é professor da Universidade Federal do Tocantins (UFT) e doutor em Geografia e Igo Nascimento é contador, bacharel em Direito e especializado em auditoria governamental.

Relatoria

A relatoria e sistematização dos trabalhos ficou sob a tutela do Professor, administrador e consultor em gestão pública Edson Cabral. A mediação dos trabalhos de hoje coube ao próximo secretario Estadual da Comunicação, jornalista Rogério Silva. Presenças também dos secretários já anunciados para a próxima gestão. Todos os técnicos que participaram dos eixos temáticos também prestigiaram o evento, e receberam os agradecimentos do governador eleito Marcelo Miranda pelo trabalho voluntário realizado.

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