Para aqueles que pensam que já viram de tudo, vão se surpreender com um episódio inusitado que aconteceu na cidade de Babaçulândia (TO), região norte do Estado, a 54 km de Araguaína. Na semana passada, quinta-feira (18), estava marcado para acontecer a eleição da presidência da Câmara do Município, mas após uma confusão, o atual presidente da Casa, Cássio Brito (PT), foi embora levando a chave da porta do plenário, deixando todos do lado de fora. 

Apesar da confusão, o fato não impediu que a eleição acontecesse e o vereador Cícero Hermes (PSDB) foi escolhido, quase no meio da rua, para ser o novo presidente no biênio 2015/2016. O episódio chamou a atenção da população da cidade de pouco mais de 10,7 mil habitantes e também provocou revolta e indignação dos moradores. “Vergonha para a democracia”, disse um cidadão numa rede social.

A Polícia Militar chegou a ser acionada para acompanhar a situação e impedir que a porta fosse arrombada. A oposição também tentou arrumar um chaveiro, mas sem sucesso.
 
De acordo com o vereador Edmilson Bibi (PMDB), vice-presidente da Câmara, devido a ausência de Cássio Brito foi ele quem presidiu a sessão, que contou com a participação de seis vereadores. "Como o presidente se negou a assinar a convocação que fizemos e trancou o parlamento para tentar impedir a votação, fomos obrigados a escolher o novo presidente do lado de fora. Inclusive as atas e carimbos ficaram trancados no prédio e não tivemos acesso. Mandamos fazer novos e seguimos com a eleição", conta.

O parlamentar relatou que o regimento interno da Câmara o autoriza a presidir uma sessão, desde que os vereadores sejam maioria, como no caso dessa eleição que foi realizada com dois terços do parlamento. O vereador conta que apenas no dia seguinte eles  conseguiram ter acesso ao prédio, mas ainda estão sendo impedidos de acessar os documentos da Câmara.

Presidente fujão diz que eleição é nula

Já o atual presidente da Câmara, Cássio Brito (PT), que foi embora com a chave do prédio, disse que a eleição não tem validade por ter sido convocada pelo vice-presidente e não ter obedecido o prazo regimental de 72 horas para registro da chapa. Segundo ele uma nova deve acontecer até o dia 31. (Com informações do G1 Tocantins)