A Polícia Civil concluiu o inquérito e indiciou seis detentos acusados de matar um companheiro de cela no Presídio Barra da Grota, em Araguaína (TO). Wesley Pereira Soares foi encontrado morto no dia 25 de novembro pendurando pelo pescoço nas grades da cela.

De acordo com o delegado titular da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa, Manoel Laeldo, foram indiciados os detentos Luciano Rocha Machado, vulgo Babão, Fauazze da Silva Barbosa, Alessandro Rodrigues de Castro, Vinícius Dias da Silva, Sandro Morais Ferreira e Weigh Pedro da Silva. Todos são acusados de participar da morte, mediante enforcamento, de Wesley, conhecido como Di Manaus, condenado por furto.

“Inicialmente falava-se em suicídio, mas as investigações chegaram à conclusão de que houve homicídio qualificado”, disse o delegado. O trabalho da Polícia Civil contou com o apoio do Ministério Público Estadual.

Ainda segundo o delegado, a vítima foi executada por não querer fazer parte do grupo autointitulado Dzt (Dazantiga do Tocantins). E, como Wesley era ocupante da mesma sela e se recursou a integrar o grupo, enquanto dormia, ele foi surpreendido pelos demais. “Primeiro asfixiaram e depois o penduraram nas grades da cela”, contou o delegado.

Um dos indiciados, Babão, diz ser o líder da suposta facção. Segundo Manoel Laeldo, todos os indiciados cumprem pena por crime de roubo, latrocínio e homicídio, além de possuírem “largas fichas criminais”. Eles viviam em celas separadas por dificuldades de convívio com outros presos.