Maurício Barbosa da Silva de 18 anos, foi preso na manhã de quinta-feira (22), depois de ter passado a noite pichando vários prédios públicos e particulares em Tocantinópolis, no norte do Estado. Nem a Delegacia de Polícia escapou.
Maurício já tem passagem pela polícia por tráfico de drogas, em 2013, quando ainda era menor de 18 anos. Na Delegacia Especializada no Atendimento a Mulher, Criança e Adolescente o jovem escreveu "Vai Morrer Dr. Tiago" e em seguida foi à igreja onde fez insígnias como a "Cruz Suástica", símbolo do Nazismo, e a "Cruz de Nero" que significa "A Paz Sem Cristo", além da "Estrela de Davi", o símbolo "Yin Yang" e uma cruz na parede da frente na Catedral Nossa Senhora da Consolação, a Igreja Matriz de Tocantinópolis, que é tombada como Patrimônio Público do Estado do Tocantins. Várias lojas também foram atacadas.
Em seguida, Maurício pichou o muro do Colégio Dom Orione onde escreveu as iniciais "PDC" que significa "Pode Crê", e também "ABVI", em menção ao Bairro Alto da Boa Vista I, onde moram a maioria dos jovens da turma que ele diz fazer parte, conhecidos como "Os Kbeças".
O jovem foi identificado graças ao sistema de monitoramento de prédio recém-construído, que também foi pichado.
Maurício foi preso no meio de sua turma numa praça do Bairro Alto da Boa Vista II. O jovem estava hospedado em um hotel onde sua mãe trabalha. No quarto a polícia encontrou a camisa que ele vestiu na noite da pichação, além das duas latas de spray nas cores dourado e branca.
Após o interrogatório, a polícia descobriu que o infrator também havia quebrado cerca de oito hidrômetros (medidores de consumo de água), no mesmo dia da pichação.
Segundo o delegado, Maurício vai responder pelo crime de pichação de prédios urbanos, pichação de prédio tombado pelo valor histórico cultural, ameaça, e crime de dano qualificado.
Ainda conforme o delegado, o jovem vai ficar preso em razão de que a soma das penas dos crimes praticados torna-se incabível a fiança, nesse primeiro momento. A prisão será comunicada ao juiz.
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