Fernando Almeida

Das 42 Emendas Parlamentares dos vereadores de Araguaína, o prefeito Ronaldo Dimas vetou a metade. Dos 21 vetos, 08 destinavam recursos a segmentos religiosos e atendiam ao público evangélico e católico.  Levantamento do  AN  a partir de documentos da Câmara Municipal,  mostra que  318 mil reais seriam destinados a eventos gospel,  entidades ligadas às igrejas e datas comemorativas interdenominacionais.

Evangélicos

Somente para a 3ª edição da  “Marcha Pra Jesus”, organizado pelo Conselho de Pastores de Araguaína, três Emendas Parlamentares vetadas por Dimas destinariam o valor de R$ 80 mil. Ainda foram vetados R$ 30 mil que seriam para organização de evento em comemoração ao do Dia da Bíblia.   Também foi cortada a quantia de R$ 25 mil para a Casa de Acolhimento Menina dos Olhos de Deus, entidade beneficente da Igreja Ágape.

Católicos

Para os eventos da Igreja Católica, houve três vetos. O primeiro destinaria R$ 85 mil para o “Adorai e Arrarai”, mas ambos foram vetados. O segundo veto aplicaria R$ 18 mil a reforma da escadaria da Igreja Católica no Setor JK.  E um terceiro, cortou os R$ 18 mil que seriam para a “Noite Cristã” em Araguaína. Nestas Emendas ainda constam recursos para APAE, Incentivo ao esporte e projetos culturais. Tais recursos eram da Secretaria Municipal de Esporte, Cultura e Lazer.

Justificativa dos vetos

No veto assinado por Dimas e publicado na edição nº 765 do Diário Oficial, justifica que além da falta de recursos, tais emendas são inconstitucionais.  “Tenho a sensibilidade e reconheço que tais proposituras são acarreadas de boas intenções, mas as emendas violam o princípio constitucional da impessoalidade, ou seja, trata-se do direcionamento da verba pública para entidades/instituições privadas ou a eventos religiosos que abranjam somente um credo, cerceando o direito de outras que atuem no mesmo ramo à participação em habilitação para obtenção da verba pública.”

Outras emendas

Em relação a execução de obras e ações das outras 21 Emendas Parlamentares fica a cargo da prefeitura atender ou não. Isso pelo fato de não ser impositivo ou obrigatório. Conforme já divulgado pelo AN, Dimas vetou a criação da Emenda Parlamentar em Araguaína.

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