O Sinpol (Sindicato dos Policiais Civis do Tocantins) considera positiva a abertura de diálogo com governo estadual sob a intermediação da OAB-TO (Ordem dos Advogados do Brasil), mas lamenta que o Executivo Estadual não tenha apresentado qualquer proposta concreta para resolver o impasse com a categoria. Por isso, enquanto não houver uma proposta clara que seja aceita pelos policiais civis, a greve vai prosseguir.

Iniciada na quarta-feira, 25 de fevereiro, a greve é um movimento da Polícia Civil para protestar o decreto do governador Marcelo Miranda que suspendeu os efeitos financeiros da lei 2.815/2014. A lei, que faz o alinhamento da carreira na Polícia Civil, é resultado de luta e negociações de mais de oito anos e entraria em vigor em janeiro de 2015.

Além de não cumprir a lei nesses primeiros dois meses do ano, o governo jamais apresentou proposta concreta para reestabelecer a conquista histórica. “A nossa categoria não vai parar a greve enquanto não houver uma proposta concreta que seja aceita”, garantiu o presidente do Sinpol, Moisemar Marinho.

Mesmo com a greve, os 30% de serviços essenciais vão prosseguir, como as escutas telefônicas, o atendimento a flagrantes, o atendimento de idosos e portadores de necessidades especiais entre outros. “Estamos fazendo uma greve responsável e jamais iríamos a abandonar o cidadão”, destacou o presidente, ao lembrar que mesmo durante a greve policiais impediram o ingresso de dez celulares na CPPP e drogas (Casa de Prisão Provisória de Palmas) e apreenderam um caminhão com mais de 200 quilos de maconha.