Uma parte dos policiais civis, que estão em greve há um mês, começaram a retornar ao trabalho. A Secretaria de Segurança Pública recebeu vários comunicados de retorno dos policiais às suas atividades e deve divulgar nesta quinta-feira, 26, um balanço da situação.

Entre os policiais civis, o sentimento é o de que a categoria deve retornar ao até que o governo do Estado tenha condições financeiras de realizar o pagamento do alinhamento salarial dos policiais com os de nível superior, principal reivindicação dos trabalhadores.

Apesar da sinalização para o fim da paralisação, o governo do estado confirmou que deve cortar o ponto dos grevistas, possivelmente a partir do dia 3 de março, data em que a desembargadora Maysa Vendramini Rolsal, do Tribunal de Justiça do Estado, decidiu que a greve era ilegal e impôs multa, atualizada para o teto de R$ 2 milhões, ao Sindicato dos Policiais Civis do estado (Sinpol) se a categoria não retornasse ao trabalho.

Sinpol (Sindicato dos Policiais Civis do Tocantins) contestou a informação da Secretaria de Segurança Pública (SSP-TO) desta quinta (26) de que o movimento grevista estava enfraquecendo com o retorno de civis ao trabalho.

“A nossa greve segue firme e forte. Não houve qualquer deliberação contrária e na última assembleia geral a decisão de manter a greve enquanto não houver uma proposta concreta do Estado foi geral”, explicou o presidente do Sinpol-TO, Moisemar Marinho.

Reunião com Dulce Miranda

O comando de greve da Polícia Civil apresentou no final da tarde desta quarta-feira, a contraproposta da categoria à primeira-dama do Estado e deputada federal Dulce Miranda (PMDB). O encontro entre os integrantes do comando e congressista ocorreu em Brasília.

Conforme o presidente do Sinpol-TO (Sindicato dos Policiais Civis do Tocantins), Moisemar Marinho, a deputada federal se comprometeu em conversar com o procurador Sérgio do Vale, com secretários estaduais e principalmente com o governador Marcelo Miranda (PMDB) para que a categoria e administração estadual entre em acordo e a greve dos policiais civis seja encerrada.

“Desde o princípio, nós buscamos o diálogo. Hoje, a deputada federal Dulce Miranda entendeu isso e nos recebeu. Em uma conversa franca, pudemos mostrar que a nossa contraproposta não estava longe do que o governo tinha proposto no termo de compromisso intermediado pelo MPF (Ministério Público Federal), MPE (Ministério Público Estadual) e Defensoria Pública”, salientou o presidente Moisemar Marinho.

Além de Moisemar Marinho, participaram do encontro com Dulce Miranda os policias Tito Lustosa e Suzi Silva.

Matéria ampliada às 12h10 para inclusão da resposta do Sinpol.