No dia 28 de março de 2015 reuniram-se os filiados do Partidos Socialismo e Liberdade – PSOL de Araguaina para, dentre outras demandas relacionadas ao Partido, a Elaboração de uma nota em defesa da greve dos policiais civis. 

Confira a nota na íntegra

No dia 25 de fevereiro de 2015, a Polícia Civil do Tocantins entrou numa greve que dura até hoje. Os problemas que enfrentamos nos últimos oito anos com a segurança pública do Tocantins, é fruto do descaso dos governos que tratam com desprezo policia população, o sistema penitenciário e os encarcerados;

O que esse novo (velho) governo, trouxe de inovação para a segurança pública, foi editar o decreto nº 5193 de 2015 derrubando a Lei nº 2851 de nove de abril de 2014, lei que cria a isonomia salarial dos policiais de nível superior com os peritos, sendo que esses benefícios seriam garantidos de forma gradual e progressiva até 2018.

O que tem de errado nisso?

Primeiro: por que o beneficio não foi dado de uma só vez, assim não comprometeria os cofres públicos;

Segundo: os policiais não reivindicam apenas a isonomia, mas uma política pública de segurança, com carreira jurídica para os delegados, autonomia da polícia para combater o crime, a corrupção e melhor investigar políticos compradores de votos.

A segurança pública necessita da valorização da carreira dos policiais, de melhorias para o sistema penitenciário, como também a uma política de recuperação, reinserção e ressocialização dos apenados, e com muita urgência, é imprescindível garantir mais segurança para a população.

É de conhecimento do povo tocantinense, que durante a campanha eleitoral passada, foi interceptado pela polícia civil de Goiás, um avião com cerca meio milhão de reais, onde foram encontrados material de campanha do então candidato a governador Marcelo Miranda.

Independente de quem quer que seja o material, o que se sabe é que o senhor governador tem agido de forma unilateral, se negando a negociar com a Policia Civil do Tocantins, e quando as negociações acontecem, ele sempre manda representante com propostas infundadas e indecorosas, e sem poderes de fechar um acordo se quer.

Quando esse novo (velho) governo foi eleito pela primeira vez, construiu uma imagem de homem republicano que respeita as leis e disposto ao diálogo, e com acesso a todo funcionalismo público.

Hoje, passados quase noventa dias de governo, temos um governador encastelado nos palácios, nas reuniões e articulações políticas conspirando contra o funcionalismo público estadual.

A educação no Estado está um caos total; escolas ameaçando fechar porque não conseguem pagar energia. A saúde do Estado está na UTI, faltam remédios, e as pessoas se amontoam nos corredores definhando na esperança conseguirem suas cirurgias.

Os compromissos de campanha não são honrados, e para piorar, o nobre governador (que afirma não ter dinheiro) brinca de “Rei Sol” na Versalhes do Cerrado; e de forma despótica ele aumenta os repasses para o Tribunal de Justiça do Estado, o Tribunal de Contas, a Assembléia Legislativa, o Ministério Público Estadual e a Defensoria Pública.

Todo dia o governador publica novas contratações no Diário Oficial do Estado, as quais nos dias de hoje já beiram os 2000 (dois mil) contratados, um ato que contradiz o discurso de que o Estado não tem Dinheiro.

Com um decreto ele ataca o direito de trabalhadores, e de forma inédita, promove redução de salários, desrespeitando assim o artigo 37 XV da Constituição Federal. Ficando claro certa perseguição com aqueles que garantem a segurança e a paz das famílias Tocantinenses.

Nós do Partido Socialismo e liberdade, que junto ao povo Tocantinense, derrubamos o projeto de outro rei absolutista dos tempos modernos, vamos sempre dizer em auto e bom som, que o Tocantins foi construído a partir da luta e dos sonhos de toda a sociedade, em especial dos trabalhadores e trabalhadoras, e por isso tendo o PSOL nascido da luta de aguerridos parlamentares e trabalhadores que não se curvaram à reforma da previdência implementada por Lula eu o PT.

Hoje a realidade é que se torna cada dia mais difícil para os trabalhadores, o acesso as aposentadorias no final de suas carreiras; não poderíamos nunca deixar de estar do lado dos trabalhadores, à frente das lutas do funcionalismo, em busca por melhores condições de trabalho, o que certamente irá se reverter em uma maior e melhor demanda no atendimento da população, que sempre paga a conta.

Por isso somos todos a favor da Polícia Civil. No Tocantins é preciso urgentemente iniciarmos um levante em favor da classe trabalhadora, contra a criminalidade e a corrupção desenfreada,

Conclamamos o povo tocantinense a fiscalizar e denunciar os desmandos desse governo patético; governo que desarma a policia e deixa deliberadamente os policiais e a população a mercê dos criminosos, que com quase noventa dias de gestão, se quer trocou as marcas do antigo governo, gestor que não respeita as instituições.

Esperamos do senhor governador, uma postura de homem público polido e disposto a dialogar. Pois foi eleito para representar todo povo tocantinense, inclusive aos Policiais Civis do estado, com os quais Vossa Excelência firmou um pacto de responsabilidade.

Por saúde, educação e segurança pública; Somos Todos Polícia Civil.

Assina:PSOL Colinas do Tocantins e comissões provisórias de Tocantinópolis, Porto Nacional e Araguaína.